CEO da Netflix: Ir aos cinemas está desatualizado, salva Hollywood

May 13,25

Na cúpula do Time100, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, fez uma declaração ousada sobre o futuro de Hollywood, afirmando que a gigante do streaming está "salvando Hollywood". Apesar dos desafios enfrentados pela indústria cinematográfica, como o êxodo de produção de Los Angeles, a janela teatral cada vez menor, a experiência em declínio do público e o desempenho inconsistente das bilheterias, Sarandos permanece firme em sua crença de que a Netflix é o salvador da indústria. "Não, estamos salvando Hollywood", declarou ele, enfatizando o compromisso da Netflix em ser "uma empresa muito focada no consumidor". Ele explicou ainda: "Entregamos o programa de uma maneira que você deseja assistir".

Sarandos também abordou as vendas em declínio das bilheterias, sugerindo que a tendência indica uma mudança na preferência do consumidor em assistir filmes em casa. Enquanto ele expressou carinho pessoal pela experiência do teatro, ele acredita que, para a maioria das pessoas, a idéia de teatro é "uma idéia obsoleta". Essa perspectiva se alinha ao modelo de negócios da Netflix, que prioriza o streaming em relação às visitas tradicionais ao cinema.

Os desafios de Hollywood são evidentes, com filmes como "Inside Out 2" e "A Minecraft Movie", impulsionando a indústria, enquanto até os que antes eram confiáveis ​​dos blockbusters da Marvel experimentam sucesso flutuante. A noção de que a participação no cinema está se desatualizando é apoiada por comentários do ator Willem Dafoe, que lamentou o fechamento dos cinemas e os diferentes níveis de atenção que os filmes recebem em casa. "O que é trágico, porque o tipo de atenção que as pessoas dão em casa não é o mesmo", observou Dafoe, destacando o aspecto social do cinema que se perde na experiência de visualização em casa.

Dafoe também apontou o impacto em filmes mais desafiadores, que lutam para envolver o público em casa da mesma maneira que podem em um ambiente de teatro. Ele perde a experiência comunitária de discutir filmes após uma exibição, uma prática que diminuiu com a ascensão do streaming. "Filmes mais difíceis, filmes mais desafiadores também não podem fazer, quando você não tem uma audiência que está realmente prestando atenção", disse ele.

Em 2022, o cineasta Steven Soderbergh compartilhou sua perspectiva sobre o futuro dos cinemas na era do streaming. Ele reconheceu o apelo contínuo da experiência do cinema, mas enfatizou a necessidade de envolver o público mais jovem para garantir sua longevidade. "Ainda há um apelo a ver um filme em um cinema", afirmou Soderbergh, reconhecendo o valor dos teatros como destino. Ele enfatizou a importância da programação e do engajamento para manter os cinemas relevantes, observando que atrair o público mais antigo é crucial. "Não tem nada a ver com janelas", acrescentou, sugerindo que o foco deve estar na experiência geral, e não no momento dos lançamentos.

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